Resumos Aceitos pela PRPPG

III Encontro de Pesquisa

A EDUCAÇÃO E O CAPITAL SOCIAL: UMA ANÁLISE À LUZ DA CRÍTICA MARXISTA

Área: Ciências Humanas
Orientador: Josefa Jackline Rabelo
Autor Principal: Helena Araújo Freres
Co-Autores: Susana Vasconcelos Jimenez
Josefa Jackline Rabelo
Maria das Dores Mendes Segundo
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 17:20  Sala: 16  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.2.05.032
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo contribuir para o desvelamento, à luz da ontologia marxiana, do rejuvenescimento da Teoria do Capital Humano (TCH), que no contexto de crise estrutural do capital, é reeditada e reconfigurada, assumindo a denominação de capital social. A TCH foi desenvolvida nos EUA, nos anos de 1950, tendo à frente o economista Theodore Schultz, que pertencia à Escola de Chicago. Suas pesquisas buscavam descobrir quais são os fatores de desenvolvimento e de subdesenvolvimento. Para Schultz, após longos anos de pesquisa, a resposta ao enigma por que certas nações acumulam capital (riquezas) – e outras não – estaria no fator H (humano), responsável por mais de 50% das diferenças entre nações e indivíduos. Essa teoria pensada por Theodore Schultz assume uma função ideológica, ou seja, parte da estratégia de estruturação da hegemonia estadunidense no contexto do pós II Guerra Mundial. Todavia, na última década, o termo capital social vem substituindo a chamada Teoria do Capital Humano porque representa uma estratégia mais eficaz do capital para a cooptação da subjetividade do trabalhador para que este atenda às necessidades desse sistema de reprodução ampliada da riqueza privada. Para tanto, utilizaremos como referência teórica as seguintes elaborações: Schultz (1963, 1973), no que tange à Teoria do Capital Humano; Motta (2007), no que se refere à ideologia do capital social; Mendes Segundo (2005), que faz uma análise crítica, à luz da ontologia marxiana, do papel do Banco Mundial na definição das políticas educacionais para os países periféricos. Para efeito dessa pesquisa, partimos do pressuposto de que, no atual momento, o capital social constitui-se em uma categoria cara ao sistema vigente porque amplia a função utilitarista e ideológica da educação em favor dos ajustes que favorecem ao capital em seu contexto de crise estrutural.