| Desordem temporomandibular (DTM) corresponde a um grupo de sinais e sintomas que atingem o aparelho estomatognático, incluindo a musculatura mastigatória e a articulação temporomandibular (ATM). O objetivo desse trabalho foi verificar a prevalência de sinais e sintomas de DTM em alunos do curso de Odontologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). Os dados foram obtidos aplicando-se o questionário de Fonseca, validado na literatura, com dez perguntas objetivas e três opções de respostas: sim; não; às vezes, com os respectivos escores,dez,zero e cinco. A soma dos escores classifica o paciente como tendo DTM leve, moderada, severa ou nula. O questionário foi aplicado aos alunos de todos os semestres por meio de abordagem em sala de aula em dois momentos, no início e final do semestre letivo. Antes de responderem, os mesmos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFC (protocolo COMEPE 16/10). Os resultados foram organizados em tabelas, transformados em valores percentuais e dispostos em gráficos, observando-se elevada prevalência de DTM leve entre os alunos, em torno de 40%, sendo maior a prevalência entre as mulheres, próximo a 25%; o percentual de alunos com DTM moderada e severa também foi maior entre as mulheres, em torno de 12% do total. Quando comparamos os dados coletados no início e no final do semestre, observamos que os resultados apresentaram pouca diferença. Foi concluído que o período próximo a avaliações finais, no final do semestre letivo, não teve influência significativa na prevalência de DTMs nos estudantes, embora o estresse seja um importante fator etiológico relacionado a estas condições patológicas. A grande porcentagem de alunos de odontologia relatando alguma sintomatologia de DTM é significante e merece atenção clínica, visando o diagnóstico e tratamento precoces, evitando o agravamento do quadro apresentado com o avançar da idade. |