Resumos Aceitos pela PRPPG

III Encontro de Pesquisa

ANÁFORAS INDIRETAS – CRITÉRIOS CLASSIFICATÓRIOS E FUNÇÕES DISCURSIVAS

Área: Ciências Humanas
Orientador: Monica Magalhaes Cavalcante
Autor Principal: Antonia Suele de Souza Alves
Co-Autores: Mônica Magalhães Cavalcante
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 08:40  Sala: 18  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.2.05.009
Resumo:
Os termos anáfora indireta e anáfora associativa têm sido tema de muitas discussões no campo de referenciação da Linguística Textual; suas definições têm gerado alguns conflitos conceituais pertinentes e, por isso, frequentemente surgem pesquisas que as utilizam como objeto. Neste trabalho, abordaremos as anáforas indiretas e associativas no tocante a sua interpretação, ou seja, nos deteremos nos processos que possibilitam o acesso, ou simplesmente a busca, ao referente. Utilizaremos como base teórica a Teoria da Acessibilidade, de Ariel (1996, 1998, 2001), por considerarmos o aspecto cognitivo do processo anafórico o mais relevante para embasar nossos posicionamentos. Deixamos claro, também, que os aspectos situacionais, sociais e interacionais são fundamentais para a realização de uma anáfora. Essa abordagem teórica nos levará a refletir sobre os níveis de inferência utilizados para a interpretação das anáforas indiretas e associativas e nos ajudará a compreender que os processos inferenciais são os mesmos, o que os diferencia são os níveis de acessibilidade, podendo o referente ser mais ou menos acessível de acordo com os recursos cognitivos envolvidos para a interpretação das anáforas. Assim, estamos propondo rever os critérios que distinguem as anáforas indiretas das anáforas associativas a partir da observação das suas respectivas funções discursivas. Em nossa pesquisa, consideraremos uma análise da referência numa dimensão cognitivo-discursiva, pois, a nosso ver, é dessa forma que podemos definir os usos de expressões referenciais. Estas, observadas em uso, não de forma mutuamente excludente, mas conforme as funções que desempenham no discurso, nos permitem considerá-las como parte de processos referenciais e não como processos isolados.