| A qualidade dos vínculos que os colaboradores estabelecem e desenvolvem com as empresas tem sido fator relevante na sobrevivência e competitividade organizacional. Na presente pesquisa, que tem por base teórica a perspectiva sócio-histórica, analisamos as implicações que múltiplos fatores da cultura e da ambiência organizacional exercem sobre os tipos de vínculos psicológicos de seus colaboradores, numa instituição tradicional em seu segmento, 35 anos de existência, agroindustrial, onde seu fundador ainda exerce papel ativo na gestão empresarial. O grupo investigado (48 colaboradores) foi composto por diretores, gerentes, coordenadores e representantes das áreas administrativa, comercial e produção. Os resultados obtidos abrangem dez categorias de análise: imagem organizacional, gestão e estratégias, relacionamento com diretores, relacionamento entre lideranças, relacionamento em equipe, stress e satisfação no trabalho, liderança e tomada de decisões, treinamento e desenvolvimento, condições de trabalho e profissionalismo. Os índices apontam que 60,4% consideram o comprometimento organizacional insatisfatório e apontam para a histórica performance da organização em investir de forma restrita no fator humano. Foram consideradas as deficiências em planejamento da empresa ( 58,3%), distancia no relacionamento com diretores ( 41,6%), inexistência de programas de educação profissional continuada ( 72,09%), inexistência de critérios claros para carreira ( 84,37%), desconhecimento sobre objetivos organizacionais ( 60,41%) e comunicação deficitária entre setores e lideres ( 54,16%), além da quase ausência de incentivos e expressões de reconhecimento ( 52,08%). Contudo, vale salientar que ( 84,37%) dos sujeitos afirmam ter afinidade com a tarefa que realizam, não relacionando o baixo comprometimento ao cargo ou profissão sob sua responsabilidade, mas aos demais fatores psicossociais mencionados. |