Em 4 de fevereiro de 1859 aportava em Fortaleza a Comissão Científica de Exploração. Seu desejo imediato era realizar estudos sobre a fauna e a flora nacional, catalogar e registrar o que fosse possível sobre a nação brasileira e fomentar uma ciência nacional. Buscava-se a natureza exuberante, os costumes do povo, a riqueza da nação. A primeira comissão de cunho científico formada no II Reinado fazia parte de um projeto político de integração da nação. Conhecer, catalogar, quantificar e integrar podem ser consideradas as palavras chaves desta expedição. Palavras, textos, vozes, aquarelas e exposições, produzidos pelos cientistas, delimitavam e davam a ver o Ceará na Corte e no IHGB. A capital do império despertava juntamente com a ciência nacional para a necessidade de se conhecer e integrar as riquezas da pátria.
O presente trabalho visa entender o olhar desses viajantes sobre essas terras, entendendo como essa visão idealizadora contribuiu para a integração do território cearense a essa pátria brasileira.
Vale salientar que a pesquisa tem fundamentação teórica e metodológica no ambito do atual debate da história social, em consonância com a reflexão sobre a historicidade de sujeitos socialmente engendrados. Sendo assim, a pesquisa está em sintonia com a linha de pesquisa cultura e poder, do programa de pós-graduação em história da Universidade Federal do Ceará. |