Introdução: O carcinoma hepatocelular (CHC) é o quinto câncer mais comum no mundo. É responsável por até 85% dos cânceres primários de fígado e representa 5,4% dos casos de câncer humano e afetando mais homens que mulheres (7,4% e 3,2%, respectivamente). Estudos anteriores, como os de Vioque e Walker (1991) e Aird et al. (1959), relatam associação entre o grupo sanguíneo ABO e risco de certas doenças malignas, incluindo o câncer de estômago.
Objetivos: Evidenciar possíveis associações epidemiológicas entre o carcinoma hepatocelular e o grupo sanguíneo ABO.
Metodologia: O estudo incluiu 224 pacientes do Centro de Transplante de Fígado do Ceará (CTFC), do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), que realizaram transplante hepático entre 2006 e 2010, selecionados para o transplante pelo critério MELD. Destes pacientes, sessenta (60) pacientes tinham cirrose hepática e carcinoma hepatocelular e 124 tinham apenas cirrose hepática.
Resultados: No grupo de pacientes que apresentavam apenas cirrose, a distribuição dos tipos sanguíneos A, B, AB e O foi de 39,93%; 16,46%; 9,14% e 41,46%, respectivamente; no grupo de pacientes com cirrose e carcinoma hepatocelular, esta distribuição foi de 51,67%; 3,33%; 3,33% e 41,67%, respectivamente.
Conclusão: Os autores discutem sobre a associação de grupos sanguíneos de pacientes portadores de cirrose com o aparecimento de CHC. Nossos dados sugerem uma associação positiva entre indivíduos do tipo sanguíneo A com o CHC.
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