Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

CARACTERIZAÇÃO INICIAL FÍSICO-QUÍMICA DO FRUTO DE UMA CACTÁCEA DA REGIÃO DE ANGICOS-RN

Área: Ciência e Tecnologia de Alimentos
Orientador: Maria Raquel Alcantara de Miranda
Autores Principais: Sergio Dantas de Oliveira Junior, Erika Patricia Chagas Gomes
Co-Autores: Gleidson Vieira Marques
Marcela Cristina Rabelo
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 08:40  Sala: 01  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.04.002
Resumo:
Os cactos são adaptados à caatinga que é o ecossistema predominante do semi-árido Nordestino. Muitas espécies produzem frutos comestíveis que são utilizados pela população local no preparo de geléias e doces. Dentre as espécies apreciadas, algumas não foram classificadas botanicamente e seus frutos são referidos popularmente como “pêlo” por apresentaram espinhos pequenos e finos em sua superfície. Considerando que essas espécies estão tão bem adaptadas às condições da caatinga e que já são aproveitadas no cotidiano popular regional, é importante aprofundar o conhecimento técnico-científico ampliando as possibilidades de comercialização. Portanto, este trabalho realizou estudos preliminares que envolvessem a caracterização desse fruto conhecido como “pêlo” oriundo da região de Angicos, no oeste do estado do Rio Grande do Norte. Frutos foram colhidos e no mesmo dia foram levados ao laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Frutos da UFC onde foram divididos em 5 lotes contendo 15 frutos cada e analisados para peso e rendimento, depois armazenados congelados a -10oC. A polpa foi processada inicialmente por homogeneização e em seguida, filtrada para que houvesse a separação das sementes. Os resultados mostraram que o fruto apresentou um baixo conteúdo de sólidos solúveis 10,80 ± 0,36 oBrix, o que indica que sua utilização para a produção de geléias e derivados requer um elevado incremento de açúcar. O pH desse fruto 3,04 ± 0,02 é inferior aos valores encontrados em outros frutos tropicais maduros e sua acidez total foi 1,53 ± 0,25%. O pêlo apresentou ainda um baixo conteúdo de vitamina C, 39,50 ± 4,02 mg/100 g. O consumo de “pelo” in natura pode ser pouco difundido devido à sua regionalidade, assim como acidez e baixo conteúdo de sólidos e vitamina C, porém, mais estudos aprofundariam o conhecimento desse fruto de uma espécie tão bem adaptada as condições adversas do semi-árido nordestino.