Resumos Aceitos pela PRPPG

III Encontro de Pesquisa

ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE MATERNA EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA DE FORTALEZA

Área: Ciências da Saúde
Orientador: Ana Kelve de Castro Damasceno
Autores Principais: Fernanda Câmara Campos, Ludmila Souza Veloso
Co-Autores: Marta Maria Soares Herculano
Naíra Oliveira Caminha
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 09:20  Sala: 18  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.2.03.003
Resumo:
Introdução: Ainda que grandes avanços científicos e tecnológicos tenham ocorrido nos últimos anos nos serviços de saúde, percebemos ainda um retrocesso ao analisarmos os altos índices de óbitos maternos no cenário nacional. A realidade das mortes maternas é preocupante e representa um indicador de desenvolvimento social de um país, demonstrando uma falha do serviço de saúde, visto que não priorizou ações acerca da saúde da mulher. Objetivos: Identificar fatores que contribuem para manutenção dos altos índices de mortes maternas. Metodologia: O estudo é do tipo epidemiológico descritivo, retrospectivo, transversal e de caráter quantitativo, realizado na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), no período de março a novembro de 2009. A população do estudo é composta por 96 mulheres que foram a óbito entre os anos de 2001 a 2008. Os dados foram coletados em fontes secundárias compostas por: declaração de óbito e um instrumento de notificação de óbito de mulher em idade fértil. Resultados e discussão: A faixa etária prevalente foi de 20 a 24 anos e houve registro de 23 (24,0%) casos de óbitos. No tocante as características obstétricas dessas mulheres, 32(33,3%) eram multíparas, 37 (38,5%) haviam realizado o pré-natal. Destas, 19 (19,8%) com mais de seis consultas. Com relação ao tipo de parto, a predominância foi a cesariana, com 45 (46,9%) casos. Com relação às causas das mortes maternas, as sindromes hipertensivas tiveram o maior percentual, com 28,1%, ou seja, 27 casos. Considerações finais: A mortalidade materna continua sendo um problema presente na sociedade e seus índices continuam elevados. Além disso, percebemos que a morte materna é resultante da inter-relação de vários processos e que para pensar em medidas apropriadas ao seu enfrentamento, é necessário considerar as peculiaridades dos diferentes grupos e contextos, passando desde o planejamento familiar, pré-natal até o puerpério.