Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

ISOLAMENTO DE CRYPTOCOCCUS SPP. A PARTIR DE FONTES AMBIENTAIS DA CIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ

Área: Ciências Biológicas III
Orientador: Rossana de Aguiar Cordeiro
Autores Principais: Charles Ielpo Mourão, Danielle Fernanda de Oliveira Miranda
Co-Autores: Marcos Fábio Gadelha Rocha
Raimunda Sâmia Nogueira Brilhante
José Júlio Costa Sidrim
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 09:20  Sala: 04  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.08.003
Resumo:
Fungos do complexo Cryptococcus neoformans são agentes etiológicos da criptococose, uma micose sistêmica oportunista que acomete humanos e animais. São ubíquos, e podem estar associados à excretas de aves, madeira em decomposição e plantas como eucalipto (Eucalyptus sp.), cássia rosa (Cassia grandis), fícus (Ficus microcarpa) e ipê (Tabebuia sp.). Apesar de ter seu habitat descrito na literatura, diversos autores relatam a dificuldade do isolamento desses fungos nas árvores citadas, bem como a associação dos mesmos com outras espécies vegetais. Diante do exposto, este trabalho teve como objetivo investigar a presença de Cryptococcus spp. em diferentes espécies vegetais da cidade de Fortaleza, Ceará. Para tanto, foram realizadas coletas durante o período de março a julho de 2010 em troncos de árvores localizadas em áreas peridomiciliares na cidade de Fortaleza. Swabs estéreis umedecidos em solução salina com cloranfenicol foram friccionados em troncos e ocos de árvores, acondicionados em tubos contendo 3mL da mesma solução e levados ao laboratório para processamento. Após agitação por 3min, os swabs foram estriados em placas contendo Agar Níger. Todas as placas foram armazenadas à temperatura de 25ºC por sete dias. Do total de 175 amostras coletadas, seis isolados de Cryptococcus spp. foram obtidos das espécies vegetais Eucalyptus sp. (n=2), Mangifera indica (n=3) e Ficus sp. (n=1). Os dados preliminares aqui apresentados mostram, pela primeira vez, a ocorrência saprofítica de Cryptococcus spp. a partir de material vegetal coletado na cidade de Fortaleza. Os resultados sugerem adaptação do microrganismo às condições ambientais locais.