| O meio ambiente urbano é sem dúvida o lócus onde vive a maior parte da população mundial, fato esse que traz implicações sociais diversas na atuação do Estado e da sociedade civil. A necessidade de intervenções na paisagem natural visando adequar essas populações ao ambiente urbano, como a construção de moradia, sem que isso venha acarretar a perda de qualidade de vida e a degradação do patrimônio natural é um exemplo observado nesse trabalho. Procuramos investigar, tendo como recorte temporal as décadas de 1970 até 1990, como foram planejadas esse tipo de habitação de cunho social ou popular, considerando sua estética, sua forma, as diversas representações atribuídas ao espaço, sua funcionalidade e outras questões que orbitam o problema da moradia em Fortaleza. É traçado aqui a idéia de espaço mínimo onde se desenvolva atividades humanas básicas como parâmetro de sustentabilidade. Buscamos assim destacar a importância do arcabouço teórico relacionado ao conceito de sustentabilidade para imprimir um novo olhar, um novo pensar que resulte em ações transformadoras sustentáveis para o meio ambiente natural e artificial. Pensamos que somente quando se percebe as diversas realidades sociais, espaciais, econômicas e naturais, existentes numa sociedade é que teremos subsídios para construir idéias e políticas públicas que atinjam a parcela da população mais carente das condições materiais necessárias e objetivas que permitam uma emancipação. Para tanto, usarei como fonte os acervos documentais de instituições públicas executoras de ações relativas à habitação. |