Resumos Aceitos pela PRPPG

III Encontro de Pesquisa

MACHADO DE ASSIS, LEITOR DE HAMLET

Área: Lingüística, Letras e Artes
Orientador: Odalice de Castro Silva
Autor Principal: Vandemberg Simão Saraiva
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 09:00  Sala: 14  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.2.08.025
Resumo:
Considerando que obras literárias nascem como respostas a obras literárias anteriores e que essa resposta depende de atos de leitura e interpretação pelos escritores posteriores – atos que se refletem nas novas obras –, o estudo das fontes literárias de um autor é importante para a compreensão do processo criativo daquele que escreve. Em Machado de Assis (1839-1908), William Shakespeare (1564-1616) exerce papel preponderante e a peça Hamlet (1600-01) é uma das mais mencionadas por ele. Assim, temos o desejo de saber como Machado de Assis (des)leu e (des)construiu, através principalmente de recursos parodístico e parafrásico, o Hamlet, de William Shakespeare, nos contos “A vida eterna” (1870), “To be or not to be” (1876), “A cartomante” (1884) e “A cena do cemitério” (1899). O corpus teórico se pauta na bibliografia das questões pertinentes ao tema proposto, por exemplo: questões relativas à recepção e às leituras feitas por Machado de Assis da obra shakespeariana; conceituação de paródia, paráfrase e termos afins e (re)leitura e (re)criação do Hamlet nos contos machadianos já mencionados acima. Após uma explanação do contexto literário e da recepção da peça de Shakespeare por Machado de Assis, há o cotejo das obras. Visto este trabalho estar vinculado à pesquisa que desenvolvemos para o curso de Mestrado em Letras, os resultados ainda são preliminares. No entanto, já confirmamos como a leitura da peça do Bardo foi fecunda para a criação machadiana, de forma que os contos estudados não existiriam se Machado não tivesse lido Shakespeare. Notamos a relevância da peça Hamlet na construção desses textos e verificamos como o Bruxo do Cosme Velho, através da paródia e da paráfrase, (re)criou temáticas presentes na obra do bardo inglês.