| O processamento industrial de produtos agrícolas no Brasil gera uma grande quantidade de subprodutos, constituídos principalmente por sementes e cascas. A literatura aponta que estes subprodutos possuem nutrientes importantes que poderiam ser melhor aproveitados. A vitamina C tem múltiplas funções no organismo: participa dos processos celulares de oxirredução, previne o escorbuto, é importante na defesa do organismo contra infecções, aumenta a absorção de ferro, dentre outras. O presente estudo objetivou determinar os teores de vitamina C em seis amostras de resíduos desidratados de frutas: abacaxi (Ananas comosus L. Mer.), acerola (Malphigia glabra L.), caju (Anacardium occidentale L.), goiaba (Psidium guajava L.), manga (Mangifera indica L.) e sapoti (Achras sapota L.). A referida vitamina foi determinada por análise volumétrica utilizando-se 2,6-diclorofenolindofenol como solução padrão, de acordo com Hernández, Lobo e González (2006). Foram encontrados valores iguais a 170,73 mg.100 g-1 no resíduo de acerola; 51,83 mg.100 g-1 no resíduo de abacaxi; 39,63 mg.100 g-1 no resíduo de goiaba; 36,58 mg.100 g-1 em resíduos de manga e sapoti e 30,49 mg.100 g-1 no resíduo de caju. No Brasil, a ingestão diária recomendada (IDR) de vitamina C para adultos é de 60mg. Relacionando-se os resultados encontrados à IDR, observamos que o resíduo desidratado de acerola apresentou significativa contribuição, fornecendo 284,55% desta vitamina; os resíduos de abacaxi e goiaba contribuem com 86,38% e 66,05%, respectivamente; os resíduos de manga e sapoti contribuem com 60,97% cada e o resíduo de caju fornece 50,82% da IDR para adultos. Tendo em vista estes resultados, podemos concluir que resíduos de frutas podem ser considerados como fonte alternativa para minimizar o problema da carência de vitamina C, além de contribuir com o meio ambiente, minimizando o impacto provocado pelo descarte dos mesmos. |