| O discurso da Educação Inclusiva defende que a escola permita que todos tenham direito à “educação e garantia do atendimento às necessidades educacionais especiais dos alunos público alvo da educação especial”(MEC). Esta pesquisa pretendeu observar as condições de ensino, estratégia e recursos adotados na educação de crianças surdas, e fazer uma análise dos aspectos pedagógicos oferecidos pelas escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental I da rede pública de Fortaleza. A metodologia da pesquisa inicia com o estudo do referencial teórico-metodológico da temática, seguido de visitas às escolas e entrevistas realizadas com as professoras e os gestores. Por último, procedeu-se à análise das informações resultantes das entrevistas. De acordo com a pesquisa “A inserção de crianças surdas em escolas de Educação infantil e de Ensino Fundamental I da Rede Pública Municipal de Fortaleza”, coordenada pela professora Vanda Magalhães Leitão mostra, que em sete escolas de Educação Infantil e de Ensino Fundamental I da SER IV foram identificados oito alunos com surdez. Das sete escolas, duas a direção não tinha conhecimento da deficiência do aluno, outras duas não possuem a sala de Atendimento Educacional Especializado (AEE) e essas escolas não têm uma estrutura física que permita a acessibilidade dos mesmos. As escolas com AEE, não possuem intérprete e a professora responsável sabe apenas o básico I da Língua Brasileira de Sinais, e outra que não tem conhecimento de Libras, fato que inviabiliza a interação necessária ao processo de ensino e aprendizagem. “É direito das pessoas surdas o acesso ao aprendizado da Libras desde a Educação Infantil para sua apropriação de maneira natural ao longo das demais etapas da educação básica, com a presença de um professor habilitado, preferencialmente surdo” (MEC, 2010). Os resultados desta pesquisa revelam que este direito não está sendo atendido. |