| A pesquisa ora apresentada constitui-se em uma análise acerca do ensino da Sociologia no nível médio no Brasil, situado, conforme nosso entendimento, dentro de um sistema educacional que busca responder às necessidades do capital em seu contexto de crise estrutural. Trata-se de uma pesquisa teórico-bibliográfico e documental, à qual discute, à luz da crítica marxista, os limites e as possibilidades para a consecução de um ensino de Sociologia que permita o entendimento do real, em seus nexos causais objetivos-subjetivos, e que se coloque na perspectiva de atividade educativa emancipatória. A sociabilidade capitalista encontra-se permeada de contradições, que, contrariamente às apregoações dos discursos vigentes, não tendem senão a se agudizar. Isso reflete em que o trabalhador assuma o ônus de, cada vez menos, adquirir conhecimentos que o realizem como partícipe do gênero humano e passe a, mais e mais, ser o trabalhador alienado de que o capital necessita para se reproduzir. Constatamos que o ensino da Sociologia contribui, como não poderia deixar de ser, já que está inserido no sistema educacional em crise, para que o trabalhador não abandone sua condição de mera mercadoria e siga sem as devidas ferramentas para o desvelamento dos mecanismos de exploração aos quais está submetido.
Palavras-chave: Ensino da Sociologia. Sociabilidade capitalista. Atividade educativa emancipatória.
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