Quando pensei em elaborar uma pesquisa sobre culturas jovens, traçando um paralelo na compreensão de sua ligação entre lazer e consumo, veio a indagação: Por que esse assunto é pouco estudado quando relacionado à classe média baixa? No segmento tomado para investigação, a população LGBT jovem, persiste essa lacuna de estudos sobre sociabilidades juvenis associadas às práticas de lazer e consumo das camadas populares. Os meios de comunicação e divulgação, quando se referem às práticas de lazer e consumo das populações LGBTs, geralmente retratam espaços de lazer característicos do segmento classe média e classe média- alta. Pouco ou quase nada se escuta falar do lazer e consumo das classes baixas, colocando assim, em anonimato o momento de divertimento, prazer e entretenimento dessa parcela do segmento homossexual. Promovendo uma incursão etnográfica e percebendo a importância de um estudo sob a ótica da Antropologia, a pesquisa possui um caráter essencialmente qualitativo, uma vez que busca descrever e acompanhar as atividades, especificamente do Bar Metanol situado no trecho da Rua General Sampaio, entre a Avenida Duque de Caxias e a Rua Pedro I, com freqüência predominantemente homossexual de classe social baixa, palco para a expressão de homossexualidades populares, sobre as quais recaem de forma potencializada, os preconceitos e injúrias associados às identidades LGBTs e por fim, tirar impressões de alguns dos elementos fundamentais das interações juvenis LGBTs, no contexto do mercado de consumo e do lazer “popular” na noite do centro de Fortaleza. |