| Dados recentes têm sugerido que a erosão dentária tornou-se um crescente problema em odontopediatria. Este estudo teve como objetivo investigar o efeito abrasivo de três cremes dentais comerciais para crianças no esmalte erodido por um suco de laranja, usando um modelo in vitro. Para isso, blocos de esmalte foram obtidos a partir de quarenta dentes decíduos e, em seguida distribuídos, aleatoriamente, em quatro grupos (n = 8), compostos por um controle e três dentifrícios diferentes: G1-água destilada de controle, G2- não contendo flúor, G3- 1100 ppmF e G4- 0,15% w / v íon fluoreto. Cada bloco foi dividido e metade protegido, a fim de proporcionar um lado controle e outro foi submetido a tratamentos. As chapas foram submetidas a desafios erosivos (3x/dia, 2 min) em um suco de laranja concentrado (pH 3,38), associada aos desafios abrasivos usando uma máquina de escovação (150 escovações para cada ciclo). O resto do dia, as placas foram mantidas em saliva artificial a 37 º C. Os ciclos foram realizados durante cinco dias. Os desgastes das áreas resultantes da erosão foram medidos por perfilometria óptica. As perda de esmalte (?m, média ± DP) para G1 foi de 2,5 ± 1,2, G2, 3,3 ± 2,1; G3-2,1 ± 1,0 e G4-3,1 ± 1,0. Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey-Kramer (? = 5%). Houve diferença significativa entre os grupos G2 e G3. Este estudo in vitro sugere que o flúor contido nos dentifrícios disponíveis para pacientes infantis não foram capazes de proteger o esmalte contra erosão dentária. Apoio Financeiro: CAPES |