Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

A REESCRITA DE TO THE LIGHTHOUSE PARA AS TELAS

Área: Letras,Lingüística
Orientador: Carlos Augusto Viana da Silva
Autor Principal: Jardas de Sousa Silva
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 21  Hora: 08:20  Sala: 11  Local: Didático do CC - Bloco:951, 1º andar
Identificação: 2.1.23.005
Resumo:
A tradução do monólogo interior das personagens de vários romances ao passar para o cinema e a TV apóia-se normalmente na técnica do voice-over. Na adaptação televisiva do romance de Virginia Woolf intitulado To The Lighthouse (1927), dirigida por Colin Gregg em 1983, percebemos a utilização do uso do voice-over como estratégia para apresentação, resgate de memórias e opiniões pessoais das personagens, em uma tentativa de aproximação com a técnica literária do monólogo interior, a qual se caracteriza por privilegiar a representação do que se é pensado em vez de focar no que se é falado. O presente trabalho investiga as implicações e os efeitos do uso do voice-over na representação do universo literário de Virginia Woolf para as telas no intuito de entrarmos na discussão acerca de como as obras de caráter intimista e vanguardista da escritora em questão têm sido reescritas para textos fílmicos. Para tal, analisamos como o uso de certas técnicas cinematográficas, dentre elas o voice-over, contribuem para a ampliação desse universo tão peculiar da escritora perante o público espectador. Como base teórica, lidamos com o conceito de tradução como um tipo de reescrita de André Lefevere (1992). Resultados preliminares apontam para a ideia de que devido a certos preconceitos existentes por parte de alguns cineastas e roteiristas, como descreve Sara Kozloff (1988), e, ainda devido a certas particularidades como linearidade, rapidez e foco em imagem que são elementos inerentes a uma produção de mídia televisiva, podemos concluir que a adaptação para TV do romance To The Lighthouse adquire um caráter mais linear e uma narrativa mais composta por diálogos, distanciando-se assim do vanguardismo do texto literário, sendo, portanto, o produto televisivo considerado um novo texto.