| INTRODUÇÃO: A gestação é um período em que ocorrem várias mudanças no corpo da mulher, podendo comprometer seu bem-estar e proporcionar o aparecimento de doenças que poderá levar a gestante a óbito. As causas de mortalidade materna estão divididas em diretas (resultante de complicações obstétricas do estado gestacional) e indiretas (doenças prévias ou que apareceram e prosperaram na gravidez). OBJETIVO: Identificar as principais causas de morte materna no Estado do Ceará. MÉTODO: Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, realizado no período de 2005 a 2007. A população foi composta por mulheres que faleceram por causas obstétricas no Estado do Ceará, registrado no Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) totalizando 264 mulheres. Os dados foram coletados no DATASUS e tabulados no EXCEL. RESULTADOS: No ano de 2005, foram registrados 40% de morte materna por causa obstétrica direta, enquanto por causas indiretas foi de 34%. Em 2007, observa-se que houve registro de 30% de morte por causa obstétrica direta e 27% por indireta. As causas de morte materna prevalentes são as síndromes hipertensivas, hemorragias, infecções puerperais e complicações do aborto. Em ambos os casos, houve uma redução do número de óbitos por causa obstétrica no Estado do Ceará, que não implica na melhoria na qualidade do serviço de saúde, podendo revelar-se um problema de sub-notificação e sub-registro por conta da falha de informações completas sobre a causa de óbitos obstétricos.CONCLUSÃO: A assistência pré-natal interfere de modo positivo na saúde do binômio mãe e filho e que a ocorrência do grande percentual de óbitos por causas obstétricas pode estar relacionado com má qualidade das consultas ou não adesão da mulher a assistência o mais precoce possível. Assim, denota-se a importância da atuação do enfermeiro durante todo o ciclo gestacional, prevenindo doenças e agravos que podem surgir durante a gravidez. |