| A úlcera por pressão na pessoa com lesão medular apresenta relevante importância para o cuidado de enfermagem, pelo desafio de sua prevenção. É considerado uma das complicações mais comuns destes pacientes. Segundo o Censo Demográfico 2007, existem 950 mil tetraplégicos e paraplégicos.As lesões da medula trazem como conseqüência o deficit motor e sensitivo, portanto essas pessoas têm um potencial para desenvolver úlceras por pressão, especialmente durante a hospitalização. Nestetrabalho, avaliou-se o papel do acompanhante da pessoa com lesãomedular para redução de úlcera por pressão. Estudo transversal, com 60 pacientes, realizado em um hospital da cidade de Fortaleza. A coleta de dados efetuou-se de maio a outubro de 2008. Os dados foram compilados em software pré-estabelecido (Epi Info - Software para Profissionais de Saúde - versão original em Português atualizada,os resultados obtidos foram analisados em tabelas sob a forma de números absolutos e percentuais. Foi constatado que fator de risco mais significante para o desenvolvimento da úlcera por pressão foi à mobilidade física prejudicada associada ao longo tempo de internação. Da amostra 81,7% eram masculino, 55% procedente da capital, 26,7% autônomo,41,7% foram vítimas de acidente automobilístico,56,7% tiveram paraplegia como seqüela,71,7% tinham acompanhante, 92,7% dos acompanhante fizeram a mudança de decúbito, ocorreu aparecimento de UP após o décimo dia de internação em 68,3% dos casos. Concluiu-se que a presença de acompanhante foi um achado importante, pois dos 19 pacientes que não desenvolveram úlcera por pressão todos tinham acompanhantes. Os acompanhantes participaram do processo de cuidar através da mudança de decúbito freqüente associada à manutenção dos lençóis esticados e secos.Foi evidenciado ainda que não houve orientação de enfermagem direcionadas para os acompanhantes, estes aprendiam uns com os outros.
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