Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

IGM ANTI-PGL1 É UM BOM PARÂMETRO PARA AVALIAR GRUPOS DE RISCO NO DESENVOLVIMENTO DA HANSENÍASE?

Área: Saúde Coletiva
Orientador: Aparecida Tiemi Nagao Dias
Autor Principal: Paula Brito e Cabral
Co-Autores: Thially Braga Gonçalves
Francisco Fábio Martins de Oliveira
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 15:00  Sala: 06  Local: Didático do CC - Bloco:951, 1º andar
Identificação: 2.1.33.003
Resumo:
A hanseníase, doença infecciosa de evolução crônica, causada pelo Mycobacterium leprae, ainda é considerada um sério problema de saúde pública, no Brasil, uma vez que a taxa de detecção não decresceu nos últimos anos, provavelmente pelo fato de indivíduos bacilíferos não diagnosticados serem, possivelmente, os responsáveis pela transmissão do M. leprae. Este fato reforça a necessidade de se aplicar testes que possam identificar tais indivíduos e dessa forma, quebrar a cadeia de transmissão da doença. Dessa forma, o presente trabalho avaliou a resposta imune humoral, sérica, contra o Mycobacterium leprae, em pacientes com hanseníase. Oitenta e dois pacientes não tratados e diagnosticados com hanseníase das cidades de Fortaleza e Sobral foram submetidos aos testes sorológicos. As amostras foram analisadas por ensaio imunoenzimático em fase sólida, onde se pesquisou a presença de IgG e IgM anti-PGL1 no soro. Uma vez que o PGL1(antígeno glicolipí¬dio fenólico) é considerado específico do Mycobacterium leprae, a presença de anticorpos anti-PGL1 vem a ser um marcador de exposição do indiví¬duo ao bacilo. Comparando os isotipos IgG e IgM anti-PGL1, nenhuma correlação foi observada entre eles no grupo controle (p > 0.1), no entanto os níveis de IgM anti-PGL1 foram bem maiores, nesse grupo, quando comparados com os níveis de IgG anti-PGL1 (p <0.0001). Nós acreditamos na hipótese de que o isotipo IgM não é uma ferramenta sorológica adequada, devido ao alto risco de falso positividade, fato que já ocorre em outras doenças infecto contagiosas. Observamos também uma alta correlação entre positividade para IgG e baciloscopia positiva (p<0.0001), entretanto essa correlação foi fraca, quando o isotipo foi a IgM (p=0.05). Em conclusão, nós consideramos que IgG anti-PGL1 seja um melhor parâmetro para identificar grupos de risco da hanseníase do que IgM anti-PGL1. Órgão financiador: CNPq/CAPES