Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

PROSPECÇÃO DE COMPOSTOS INSETICIDAS CONTRA AEDES AEGYPTI EM SEMENTES DE MORINGA OLEIFERA

Área: Ciências Biológicas I
Orientador: Ana de Fatima Fontenele Urano Carvalho
Autor Principal: Priscila Caracas Vieira de Sousa
Co-Autores: Glauber Pacelli Gomes de Lima
Terezinha Maria de Souza
Rachel Braz Arcanjo
Davi Felipe Farias
Lady Clarissa Brito Rocha-Bezerra
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 11:20  Sala: 03  Local: Didático do CC - Bloco:951, Térreo
Identificação: 2.1.06.017
Resumo:
A dengue é hoje a arbovirose mais importante do mundo, sendo o vetor controlado com inseticidas sintéticos. Entretanto, o surgimento de cepas resistentes e a toxicidade contra organismo não-alvo têm levado à investigação de espécies vegetais visando moléculas ativas contra Aedes aegypti e com maior biodegradabilidade. Este estudo objetivou avaliar a ação inseticida de extratos orgânicos de sementes de Moringa oleifera contra as fases de vida imaturas de Ae. aegypti (ovo, larva e pupa). A farinha das sementes foi extraída a frio e sequencialmente com cinco solventes orgânicos, segundo polaridade crescente: hexano, diclorometano, acetato de etila, etanol e metanol, na proporção 1:3 (p/v). O solvente foi retirado por evaporação a vácuo, obtendo-se os extratos brutos. Cerca de 100 ovos, 20 larvas de terceiro estágio e 20 pupas foram expostas separadamente e em triplicata, a 50 mL de cada extrato solubilizado em DMSO 1,5% em diversas concentrações.Os mesmos extratos também foram submetidos a testes de toxicidade contra náuplios de Artemia sp., um microcrústaceo modelo de toxicidade contra organismo não-alvo. Em triplicata, 10 náuplios foram expostos a 5 mL dos extratos em diferentes concentrações para determinar LC50. Nenhum dos extratos demonstrou atividade larvicida ou ovicida significativa (CL50 > 1000 µg.mL-1). Entretanto, aqueles extraídos com diclorometano e acetato de etila mostraram atividade pupicida potente, com CL50 de 39,5 ± 5,5 e 20,9 ± 4,5 µg.mL-1, respectivamente. No ensaio com Artemia sp., apenas o extrato metanólico apresentou LC50 abaixo de 1000 ?g.mL-1 (LC50 797 ± 84 µg.mL-1), confirmando a baixa toxicidade dos extratos contra organismos não-alvo. Os extratos preparadas com acetato de etila e diclorometano mostraram-se promissoras fontes de compostos bioativos contra Ae. aegypti no desenvolvimento de produtos que visam o controle das formas aquáticas do mosquito.(Agradecimentos ao MS/CNPq/FUNCAP).