| A espécie Lippia alba (erva-cidreira) é muito usada na medicina popular. A composição do óleo essencial de folhas da L. alba (OELa) apresenta variação quantitativa e qualitativa, levando à separação em quimiotipos. No Ceará existem os quimiotipos I, II e III com teores elevados de mirceno e citral, limoneno e citral, limoneno e carvona, respectivamente. A descoberta de novas substâncias vegetais é crescente e constitui uma importante alternativa na obtenção de novas drogas antimicrobianas, com a finalidade de minimizar um dos maiores problemas enfrentados na saúde pública, a resistência microbiana. O objetivo do trabalho foi determinar, in vitro, o efeito do tempo de exposição aos OELa, quimiotipo II e III, na inibição ou morte de cepas multirresistentes isoladas de espécimes clínicos (S. aureus 1, S. aureus 2, A. lwoffii e A. baumannii). Culturas microbianas foram expostas às concentrações bactericidas e inibitórias mínimas, previamente determinadas para os OELa. Alíquotas dessas culturas foram semeadas, após incubação de 0, 2, 4, 6, 8, 10 e 24h, a 35ºC, em agar Plate-Count, para determinação do número de células viáveis, nos diferentes tempos de exposição. Os resultados mostraram tempos de inibição e morte de 8 e 2h; 4 e 2h; entre 2 e 4h; e nas primeiras 2h para as cepas S. aureus 1, S. aureus 2, A. lwoffii e A. baumannii quando expostas ao OELaII. A atividade inibitória do OELaIII ocorreu ao mesmo tempo que a letal,10, 8 e 2h, para S. aureus 1, A. lwoffii, A. baumannii, respectivamente. Para a maioria das cepas a exposição aos OELa determinou uma diminuição inicial no crescimento microbiano, seguida de morte. Os resultados sugerem que a ação antimicrobiana dos OELa sobre as cepas multirresistentes testadas ocorre de maneira rápida, principalmente para S. aureus, indicando serem candidatos promissores para o desenvolvimento de novos fármacos usados no tratamento de doenças infecciosas. |