Atualmente uma demanda mundial por produtos oriundos de criações que promovam o bem-estar. A privação de estímulos ambientais observada nos sistemas de criação intensiva propicia o aparecimento de comportamentos diferentes do natural, sinalizando uma situação de estresse. O estresse constante resulta em produto de qualidade inferior e, em prejuízos ao criador. O objetivo foi avaliar o comportamento de leitões em ambiente enriquecido com brinquedos e em interação precoce com o tratador, comparando com o ambiente de criação convencional. A pesquisa foi realizada no Setor de Suinocultura da UFC no período de agosto a dezembro de 2009. Foram utilizadas doze leitegadas, variando entre quatro e dezesseis leitões por leitegada. Utilizou-se um delineamento inteiramente casualizado com três tratamentos: 1 – ambiente de confinamento convencional; 2 – ambiente enriquecido com brinquedo e 3 – interação homem-animal e quatro repetições. Foram observadas as frequências com que os animais realizaram descanso, alimentação no comedouro, ingestão de água, atividade exploratória, interação entre leitões (mordidas, fuçadas e cabeçadas), além do número de mamadas, por duas horas consecutivas a cada dia, iniciando a observação no dia seguinte a partir da última hora da observação do dia anterior, do 1º ao 21º dia de vida do leitão. As médias das variáveis comportamentais observadas foram submetidas à transformação radicial (?x+1) para ajustá-las a curva de normalidade. Foi feita análise de variância para todas as médias pelo teste Tukey (P?0,05). Não houve diferença significativa entre os tratamentos para todas as variáveis observadas, exceto para a alimentação no comedouro que foi significativamente maior quando houve interação homem-animal em relação ao tratamento com ambiente enriquecido com brinquedo. Concluiu-se que, o enriquecimento ambiental não interferiu no comportamento dos leitões na maternidade. |