| Para Feuerbach a religião conhece os segredos do homem e se utiliza destes para dominar o próprio homem e negar suas capacidades criadoras, ele não quer negar a necessidade de uma vida religiosa, entretanto quer demonstrar onde se encontra os mistérios da religião. Bem como Nietzsche faz uma crítica a toda moral religiosa que se funda na negação do homem e da vida. Desta maneira Nietzsche notou que o sentimento religioso e todos os seus atributos estão arraigados a cultura ocidental, que toda a moral e ética cristãs se tornaram os modos de vida e fundamentos da moral moderna. O homem por si só é sujeito e objeto de si e para si mesmo. Em que sentido pode-se compreender o homem como objeto e sujeito? O homem é ao mesmo tempo senhor e servo, é corporal e espiritual, é instinto e consciência e é finito e infinito. Ora religião, cultura e história possuem a mesma faceta e seus caminhos se entrelaçam constantemente. As religiões (em especial o cristianismo) influenciaram a cultura e as diversas formas de vida existentes. Então uma chave para a compreensão do homem em seus múltiplos e paradoxos atributos é a analise e a crítica desta, a religião, e de como ela conseguiu se alçar como criadora de significados e dominar o imaginário e a cultura. Desta maneira Feuerbach quer desmistificar os fundamentos da religião e fazer um resgate das verdadeiras potências (puramente humanas) que dão norte ao objeto religioso. Para Nietzsche uma crítica da religião é urgente, pois a moral cristã atordoa o homem e o limita a um estado de sono perante a vida. O homem é esmagado pela moral e vive uma vida alheia a realidade, negando sua corporalidade e seus sentimentos. Desta maneira vemos como a filosofia de nossos autores e suas críticas ajudaram a construir uma sociedade de homens reais e livres. |