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O presente trabalho insere-se nas atividades do projeto de pesquisa ‘O Programa de Educação para Todos e o financiamento da Educação básica no Brasil’ e procura analisar criticamente a avaliação registrada pelos Relatórios de Monitoramento de Educação para Todos (EPT), publicados anualmente pela Unesco, desde 2003, sobre o cumprimento das metas assumidos no Fórum Mundial de Educação para Todos (EPT) do ano de 2000: Compromisso de Dakar.. Especificamente, nesse ensaio, focaliza-se a sexta meta do Marco de Ação de Dakar, que trata de: “melhorar todos os aspectos da qualidade da educação e assegurar a excelência de todos, de modo que resultados de aprendizagem reconhecidos e mensuráveis sejam alcançados por todos, especialmente em alfabetização, calculo e habilidades essenciais para a vida”. Tomando como perspectiva a crítica marxiana, busca-se nessa pesquisa, realçar os avanços e atrasos diagnosticados pelos Relatórios, como também desvelar as principais contradições que permeiam a avaliação da qualidade na educação, proclamada como a principal solução para os males que assolam os sistemas educacionais dos países pobres. Conforme os relatórios de monitoramento, contata-se que a concretização das metas de educação de Dakar, que reiteram a Declaração de Jomtien (1990), não tem sido cumpridas como se esperavam, daí as sucessivas reorientações na concepção de educação básica, que a partir de então, deveria incluir, além do acesso e democratização, a qualidade do ensino e da aprendizagem. Por fim, podemos asseverar que metas de EPT, particularmente a sexta meta assumida pelo Fórum de Dakar, desdobrada em políticas educacionais nos paises pobres, se articula com a lógica da racionalidade do mercado, negando, desta feita, todas as possibilidades de uma ampla formação que aponte para a emancipação humana.
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