O presente trabalho vincula-se à Linha Marxismo Educação e Luta de Classes do Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da UFC, intitulado Educação ambiental no contexto da crise estrutural do capital: uma análise à luz da ontologia de Marx. Trata-se de uma pesquisa teórico-bibliográfica, na qual buscamos compreender, à luz da ontologia marxiana-luckasiana, qual a particularidade do homem, como ser social, em sua relação com a natureza, demarcando em que medida e em que circunstâncias sua atividade atinge de forma destrutiva o meio ambiente; buscamos compreender ainda como a problemática ambiental, agudizada pelo quadro de crise estrutural do capital, insere-se na educação, com a chamada educação ambiental, examinando suas possibilidades e seus limites. Para tanto, recorremos aos estudos de Marx e Engels, particularmente, O Capital, Manuscritos Econômicos e Filosóficos, A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra e O Papel do Trabalho na Transformação do Macaco em Homem, e aos textos filósofo Georg Lukács, a saber, As Bases Ontológicas do Pensamento e da Atividade do Homem e O Trabalho; também lançaremos mão das contribuições de autores marxistas envolvidos em investigações atinentes à problemática ambiental, como Mészáros(2009), Coggiola(2006), Foster(2008), Magdoff e Foster(2010), Teixeira(2007) e Wallis(2008); e, para estudarmos a educação ambiental, Loureiro (2004,2006,2007,2009). Por fim, afirmamos que a singularidade da produção humana assume, sob a regência do capital, um potencial de destrutividade e obsolescência nunca antes visto, numa proporção tal que ameaça todas as formas de vida do planeta. A crise ambiental é, hoje, uma questão urgente, mas sob o trato da ideologia capitalista, a natureza sistêmica desta crise é encoberta, impedindo-nos de compreendê-la integralmente. Em uma palavra, resposta capitalista ao problema ambiental repousa no aprofundamento da lógica da mercantilização. |