Resumos Aceitos pela PRPPG

III Encontro de Pesquisa

A POLÍTICA DO RECONHECIMENTO EM CHARLES TAYLOR

Área: Ciências Sociais Aplicadas
Orientador: Regenaldo Rodrigues da Costa
Autor Principal: Carlos Henrique de Aragão Cavalcante
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 11:20  Sala: 19  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.2.06.008
Resumo:
O presente trabalho tem o intuito de estudar concepção de uma política do reconhecimento na perspectiva de Charles Taylor. O método utilizado foi a pesquisa bibliográfica, sob uma abordagem dialética. Trabalhando a concepção de uma política do reconhecimento, Taylor realiza uma crítica à concepção universalista do liberalismo clássico. Para ele, concepções de igual tratamento, frente ao horizonte da sociedade contemporânea, tornaram-se cegas às diferenças. Assim, não é possível o reconhecimento em sociedades multiculturais em termos de um liberalismo individualista. A política do reconhecimento pode ser visualizada de duas formas. A primeira é a do reconhecimento da dignidade igual, do tratamento igualitário, na ênfase naquilo que os sujeitos possuem de semelhante. Deste modo, fala-se em um universalismo, em uma distribuição de direitos que se contrapõe a privilégios. A segunda forma é chamada por Charles Taylor de política da diferença. Aqui, o reconhecimento não se resume à política da dignidade igual. A ênfase deve ser dada naquilo que os indivíduos ou grupos possuem como algo peculiar. Esta segunda forma de se conceber o reconhecimento desconfia do universalismo do tratamento radicalmente igual. Assim, a pretensa neutralidade liberal que se coloca aberta às várias concepções de vida, pode, ela mesma, ser o reflexo de uma cultura hegemônica. A conclusão é a de que o universalismo de tratamento é insuficiente para organizar uma sociedade multicultural, e que a política do reconhecimento é um instrumento adequado para a articulação de demandas sociais em uma democracia contemporânea.