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Na presente comunicação, buscamos trazer o percurso que caracteriza a gênese e a processualidade histórica do ser social, evidenciando como se dá a passagem da esfera inorgânica à esfera biológica e a consolidação da esfera do ser social, através da produção de instrumentos na atividade do trabalho. Fundamentamos nossos estudos na ontologia marxiano/lukácsiana; no pensamento de Leontiev (1978; 2004), acerca do psiquismo humano; bem como nas elaborações de Lessa (1996) e Moraes (2002), no que se refere às bases ontológicas. Destacamos o processo de aprimoramento do ser social pelo trabalho como atividade coletiva a qual permitiu ao homem o desenvolvimento de novas habilidades e novas possibilidades. Em seguida, tratamos da humanização dos sentidos, processo fundado pelo trabalho, tendo em sua base a realidade objetiva orientando as formas de pensar e sentir. Por fim, nos referimos às categorias da consciência e do reflexo sensorial destacando o trabalho como ato-gênese do homem. A análise aqui apresentada parte do entendimento de que nos marcos da sociedade capitalista, o homem sofre continuamente com a negação da faculdade do sentir, enfrentando diuturnamente impedimentos objetivos à consecução de uma vida plena de sentido. O antagonismo entre capital e trabalho opera inúmeros entraves à formação humana integral, impossibilitando que o homem possa ultrapassar o psiquismo cotidiano.
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