Resumos Aceitos pela PRPPG

XXIX Encontro de Iniciação Científica

A CONTINGÊNCIA RADICAL EM J.P. SARTRE

Área: Filosofia,Teologia
Orientador: Jose Maria Arruda de Sousa
Autor Principal: Augusto César Barbosa Costa
Co-Autores:
Apresentação: Oral   Dia: 20  Hora: 08:40  Sala: 13  Local: Física Bloco:924
Identificação: 2.1.19.003
Resumo:
A filosofia de Jean-Paul Sartre (1905-1980), nos remete imediatamente à idéia de militância política e engajamento social. Embora jamais tenha feito uso de armas de fogo, Sartre resistiu ao nazi-facismo, bem como à expressão tradicionalista da filosofia acadêmica (idealismo, sensualismo...) de sua época, com a palavra filosófica e literária, de maneira contundente e crítica. Nessa época conturbada em que viveu, no seio das duas grandes guerras mundiais, Sartre derivou à um pensamento pautado pela angústia e o vazio da existência humana, no desvelo da contingência radical. Tal pensamento, vem na esteira da filosofia fenomenológica de Edmund Husserl, com a qual Sartre trava conhecimento em 1930.No entanto, o viés existencial de tal centro teórico, prevalece em toda sua multifacetada contingência, nos escritos de Sartre. É, precisamente, desse desvelo da contingência que pretendemos tratar, apresentando de maneira clara e objetiva alguns pontos sumamente importantes para seu melhor entendimento; Assim, partiremos do cenário de uma análise do estatuto do mal no pensamento sartreano, passando por seu embate com a filosofia tradicional, na figura de seus adversários morais-conceituais (acadêmicos de sua época e antigos professores), para finalmente verificar a necessária reeducação do olhar, de acordo com sua ontologia fenomenológica. Nesse cenário, notaremos efetivamente, com a ajuda de alguns de seus textos literários (que são uma condição mesmo, de sua filosofia do engajamento) e filosóficos, nosso soçobro nessa trama existencial, mas, levando em consideração nossa condenação à liberdade, junto com as noções de responsabilidade e não-cristalização do homem.