| O presente trabalho busca discutir como se articulam as relações entre homem, natureza e sociedade no contexto do capitalismo contemporâneo, evidenciando, outrossim, o processo de agravamento e de destrutividade ocasionado por tal sistema em sua busca desenfreada por lucros. Arriscamos afirmar que nunca o homem conheceu tão profundamente a natureza e nunca a utilizou tão universalmente, mas também nunca esteve tão próximo da destruição total da mesma e de si próprio. No presente estágio da vida humana, em que os indícios da barbárie já se mostram evidentes, em que a natureza já mostra cotidianamente sinais de esgotamento, as perspectivas de futuro se mostram para poucos. Na sociabilidade regida sob os auspícios do capital, onde a lógica do ter prevalece sob a lógica do ser, se relacionam e se entrecruzam de um lado uma indústria moderna e tecnologias avançadas e do outro a fome, o desemprego, a miséria, entre outros tantos problemas sociais dramáticos e caros aqueles que se dedicam e buscam uma sociedade para além do capital. Buscando discutir os elementos acima expostos, utilizamos como referencial teórico os estudos de autores clássicos como Marx (2010), Lukács (1978), Leontiev (1978), Meszáros (2000) e ao lado de Antunes (2005), Jimenez (2003) e Tonet (2005) entre outros que, perspectivados na crítica marxista nos fornecem elementos que nos possibilitam afirmar a (in)sustentabilidade da atual forma de produção assentada na exploração desenfreada da natureza e do homem. Dentro do esforço feito até aqui para compreendermos nosso objeto, asseveramos como considerações iniciais, que a luta por uma sociabilidade onde as relações entre homem e natureza se apresentam de forma a atender o ser social em uma vida plena de sentido, somente é possível com o rompimento das amarras capitalistas, em que o potencial humano possa verdadeiramente se constituir e se efetivar. |