| Face ao vigor do debate atual sobre a intervenção e o consequente monitoramento do Banco Mundial na formulação e efetivação das políticas educacionais nos países periféricos, particularmente no Brasil, em atendimento às necessidades impostas pelo capital em crise, elegemos como objetivo principal desse trabalho apresentar e analisar os pressupostos da avaliação do Banco Mundial com relação ao cumprimento das metas da universalização da Educação Básica, definidos no Programa de Educação para Todos, consolidado, em primeira instância, na Conferência Mundial de Jomtien, em 1990. Encaminhados pelo Banco Mundial, os Relatórios de Monitoramento de Educação para Todos, a partir de 2003, apresentam como finalidade a avaliação das políticas educacionais e os resultados alcançados nos países pobres, tomando como base os critérios de gestão descentralizada, ds reformas educacionais e de compromisso de racionalidade dos recursos públicos municipais. Na análise crítica desses Relatórios, destacamos alguns elementos reveladores da inversão de prioridades, camufladas pelo discurso da Educação para Todos, em que as recomendações políticas do Banco Mundial se centram na defesa de uma ampla reforma na educação brasileira como parte da agenda de ajuste estrutural do capital, desdobrando na consolidação de um amplo processo de momnitoramento de todos os aspectos que envolven a prática sócio-educacional, a saber: a avaliação insitucional e de ensino-aprendizagem; a legislação educacional; o financiamento da educação; o currículo escolar; o trabalho docente e as práticas pedagógicas em todos os níneis e modalidades do ensino bo Brasil.
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