A Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza foi fundada em 1861, tendo como mantenedora a Irmandade Beneficente da Santa Casa de Misericórdia de Fortaleza. Foram muitas as dificuldades financeiras encontradas pela instituição, pois a pressão de intelectuais e famílias abastadas por investimentos na criação do Liceu e de uma biblioteca em Fortaleza, acabou deixando a Santa Casa em uma condição de menor interesse por parte do governo. Apesar dos problemas financeiros, a instituição conseguiu se manter com o apoio e esforço de seus provedores, mordomos e outros sócios que contribuíam financeiramente ou buscando apoios nas mais diversas esferas, inclusive recorrendo ao governo federal sempre que necessário. Os membros da Mesa Administrativa da Santa Casa se reuniam quinzenalmente ou, quando necessário, em reuniões extraordinárias. O registro dessas reuniões era feito através de atas, que se tornaram uma rica fonte de estudos sobre saúde e doenças, tendo sido catalogadas pela professora Doutora Cláudia Freitas de Oliveira e disponibilizado na página do mestrado da UECE. O presente trabalho tem por objetivo trazer a tona os estudos sobre a loucura, historicamente construída, relegada a um lugar secundário de interesses e pesquisas historiográficas até a primeira metade do século XX, mostrando as pessoas comuns, chamadas de loucas ou alienadas, enviadas ao Asilo de Alienados da Parangaba, integrando a Santa Casa de Misericórdia juntamente com o Cemitério São João Batista. Tendo também o objetivo de catalogar esse acervo em temas e subtemas, publicizando-o aos pesquisadores, estudantes e sociedade em geral, o trabalho tem sido desenvolvido a partir da análise e catalogação do acervo de atas de reuniões da Santa Casa de Misericórdia, nesse primeiro momento entre os anos de 1919 e 1921. Tendo alcançado os resultados esperados, estes serão apresentado através da apresentação de pôster e exposição oral. Agradecemos ao PIBIC/UFC/CNPq por financiar esta pesquisa. |